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Não é esse o amor que eu quero, não é assim que tem que ser, ocultar minha verdadeira identidade não vai fazer de mim melhor, não vai. Diferenças são aceitáveis, brigas não.
Amor por debaixo dos panos, a oposição se intriga, medo de aceitar a verdade?
Velhas desculpas, perdão perdido na contagem do tempo, ele não descansa.
E você, consegue dormir a noite? Sente medo? sente falta? sente frio?
Tá escuro aqui, estranho, todas as luzes estão acesas, acho que sou apenas um vulto.
No espelho não me enxergo, minha identidade continua a mesma, mas minha certidão não, averbada, antiga desistência de um futuro passado.
O sol é o mesmo, os dias, ah os dias, esses sim são diferentes, peculiares, únicos.
Já não seguro mais a sua mão, já não tenho os seus beijos, seu cheiro já não é mais o meu.
Ainda tenho vida, ainda posso sonhar, acordado, em desacordo com minha razão.
Ainda tenho vida, você, realidade, praticamente tudo é igual,o roteiro é o mesmo, só mudaram o fim. Mas ele ainda não chegou, ainda está longe.
Espero mais de mim, espero sempre por ti, espera ocultar seus desejos?
Agora estou pronto, preparado, lúcido, entregue, se entregue.
Refazer, reconstruir, recomeçar, o principio do meio do fim, sem medo, sem nós.
Recolocar, restituir, reintegrar, o fim com o princípio, o fim com os meios, eles se justificam.
Mas não é esse o amor que eu quero, amor cobrado, perdido, profundo.
Amor por debaixo dos panos.

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